Após seis meses preso, o psicólogo Pablo Stuart Fernandes Carvalho, acusado de torturar e matar ao menos 20 gatos no Distrito Federal (DF), teve a prisão preventiva revogada. A decisão foi proferida pela 2ª Vara Criminal do Gama na quinta-feira (30/10), permitindo que ele responda ao processo em liberdade.
No início de outubro, a Justiça havia negado um pedido semelhante, mas a defesa de Pablo apresentou novo habeas corpus, que foi aceito nesta semana.
O psicólogo já participou de duas audiências de instrução, realizadas nos dias 18 de setembro e 9 de outubro, quando foram ouvidas testemunhas de acusação e defesa. A próxima etapa do processo será a apresentação das alegações finais pelas partes, antes que o juiz decida se o réu será condenado ou absolvido. A defesa espera que a sentença seja divulgada até o fim de novembro.
Relembre o caso
O caso ganhou grande repercussão em março de 2025, quando veio à tona que Pablo, de 30 anos, adotava gatos com pelagem cinza rajada por meio de protetores de animais. Após cada adoção, ele inventava histórias sobre o desaparecimento dos bichos e solicitava novos felinos. Entre setembro de 2024 e março de 2025, mais de 20 gatos foram adotados pelo acusado.
As investigações apontam que quase todos os animais foram mortos. Apenas uma cuidadora conseguiu recuperar um dos gatos. Depoimentos de vizinhos e áudios obtidos pela polícia indicam que os felinos eram torturados dentro do apartamento do psicólogo, submetidos a agressões físicas e banhos forçados.
A defesa de Pablo Stuart mantém a tese de inocência e afirma que seguirá tomando todas as medidas cabíveis para comprovar sua versão dos fatos perante a Justiça.




