O chefe do Departamento de Recursos Humanos (RH) da Prefeitura de Goiandira (GO) foi preso na última segunda-feira (3), sob a grave acusação de criar cargos fictícios para desviar recursos públicos. De acordo com a Polícia Civil, o servidor, de 37 anos, manipulou a folha de pagamento da prefeitura, inserindo nomes falsos e redirecionando os salários para sua conta bancária. As investigações indicam que o montante desviado ultrapassou R$ 500 mil.
A apuração teve início em abril de 2023, após uma denúncia formalizada pelo próprio prefeito. O delegado Fernando Maciel, responsável pelo caso, revelou que o suspeito, que ocupava um cargo comissionado desde 2021, falsificava informações ao enviar as folhas de pagamento para o setor competente. Seu objetivo era criar obrigações de pagamento para pessoas inexistentes ou sem vínculo com a administração municipal, incluindo o nome de uma funcionária falecida em outubro de 2023.
A Polícia Civil constatou que o suspeito mantinha um estilo de vida luxuoso, realizando viagens a destinos caros, frequentando restaurantes sofisticados e hospedando-se em locais renomados, apesar de seu salário líquido ser inferior a R$ 3 mil mensais.
O investigado poderá ser responsabilizado pelos crimes de falsidade ideológica, com pena de um a cinco anos de prisão, e peculato, cujas penas variam de dois a 12 anos de reclusão. A investigação também está averiguando indícios de lavagem de dinheiro, o que pode agravar as sanções impostas.
O delegado Maciel informou que o inquérito será concluído no prazo de até dez dias e enviado à Justiça. A apuração também visa identificar possíveis coautores e rastrear o destino dos valores desviados. O prefeito de Goiandira, que denunciou o caso, será ouvido no decorrer do processo, e a prefeitura tem prestado plena colaboração, fornecendo documentos e informações essenciais para o esclarecimento dos fatos.
